Visite meu blog

Visite meu blog

Visualização do Blog

Quem sou eu

Minha foto
Rondonopolis, MATO GROSSO, Brazil
O mar para atravessar, o Universo para descobrir, as pirâmides para medir. Tudo existia menos a trigonometria. Construíram-se triângulos, mediram-se ângulos, fizeram-se cálculos e quem sonharia que à Lua se iria? Flor, fruto... Sucessão da natureza. Dois, quatro... Sucessão de Matemática. Quem gosta de Matemática tem de gostar da Natureza. Quem gosta da Natureza aprenderá a gostar da Matemática. O chá arrefece com o tempo, as plantas florescem com o tempo, a Matemática aprende-se com o tempo, a vida vive-se com o tempo. O que é que não é função do tempo? Eram formas tão perfeitas, que na Matemática já tinham uma equação. A sua beleza e harmonia levaram-nos do plano para o espaço e também ao nosso dia-a-dia. Quanto tempo gastou Arquimedes para desenhar retângulos cada vez de menor base, até chegar à área de uma curva? Arquimedes, Arquimedes, que paciência a tua. mas mostraste ao mundo que a Matemática ensina não a dizer: não sei mas a dizer: ainda não sei. Trigonometria, Álgebra e Geometria, tudo junto para complicar. Mas as relações são tão interessantes que até dá gosto estudar. Matemática para que serves? Para dar força e auto-confiança.

Pesquisas Educacionais

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O arco-íris de fazer contas


 

    Este texto, consiste em uma reportagem, que foi escrita por Ricardo Falzetta e foi publicada na revista Nova Escola, direcionada a professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental, do mês de março do ano de 1997.

    Esta reportagem tem como objetivo de explicar como o material de Cuisenaire facilita o ensino das quatro operações: soma, subtração, multiplicação e divisão.

    O material de Cuisenaire é constituído de barrinhas coloridas de madeiras de dez cores e tamanhos diferentes. A menor das barrinhas mede um centímetro e representa a unidade. A Segunda, nesta mesma escala mede dois centímetros e indica o número dois e assim por diante, até a maior barrinha que mede dez centímetros e indica dez unidades.

    Através destas barrinhas, as crianças também podem compreender com maior facilidade os conceitos matemáticos como: "o dobro de" ou "a metade de" uma quantidade, portanto para reforçar tais conceitos, as cores das barrinhas seguem determinado raciocínio: as peças com valores que podem ser multiplicados por dois foram pintadas com cores parecidas, como, a barrinha que indica dois de vermelho, a que indica quatro de lilás e a que indica oito marrom. A barrinha que indica três é colorida de verde-claro e a que indica seis de verde-escuro. A barrinha que indica cinco é amarela e a que indica dez é alaranjada. A barrinha que indica um é da cor madeira, chamada de branca por Cuisenaire, a que indica sete é preta e a que indica nove é azul.

    É importante deixar claro que estas foram as cores estabelecidas por Cuisenaire, mas as pessoas têm a liberdade de modificá-las utilizando outros critérios.

    Este material pode ser utilizado para comparar pequenas grandezas, com crianças de educação infantil, que ainda estão aprendendo a diferenciar as cores, formas e tamanhos, até com crianças da Quarta série do ensino fundamental, para checar soluções de equações com incógnitas, portanto podem ser usado com alunos de três a onze anos.

    A professora Riva, que participou da reportagem faz uma relação de oito etapas de utilização das barrinhas de Cuisenaire, que foram determinadas através do raciocínio dos alunos, portanto será a desenvoltura de cada grupo que irá dizer qual será a velocidade, com que um grupo ou uma criança passará de uma etapa para outra. As etapas propostas são as seguintes:

    Etapa nº 1: Neste primeiro momento é importante que a criança tenha um contato livre com o determinado material, possibilitando que a mesma manipule formando figuras e desenhos dos mais diferenciados. É importante que nesta primeira etapa a criança tenha contato com o material feito com tiras de papel de mesma cor e tamanhos aproximados: as maiores, ou as menores, para que ela ainda não se preocupe neste momento em fazer a diferenciação das cores e a comparação de tamanhos.

    Etapa nº 2: Neste momento é importante que as crianças se atentem para as cores das barrinhas, por isso a professora poderá propor situações, como o jogo de dados com cores, que a professora Riva da reportagem propõe, para as crianças aprenderem a diferenciar as cores, pois este será um fator fundamental para a compreensão da escala de Cuisenaire.

    Etapa nº 3: Neste momento, a criança terá que se atentar para a questão dos tamanhos das barrinhas, os alunos começam a se dar conta de que as barrinhas além de ter cores diferentes elas também têm tamanhos diferentes, e que seus tamanhos conservam entre si proporções bem definidas. Exemplo: duas barrinhas amarelas correspondem a uma barrinha alaranjada, ou a uma preta mais uma verde-claro. Toda esta descoberta será experienciada pela criança através da manipulação das barrinhas, a professora apenas irá propor situações, questões, atividades que levem as crianças a chegarem as suas próprias conclusões.

    Etapa nº 4: Nesta etapa é importante que as crianças comecem a associar os números às cores e aos tamanhos, através da manipulação e nomeação das barrinhas, de acordo com as situações propostas pelo professor seguindo o objetivo inicial.

    Etapa nº 5: Nesta etapa a criança já poderá compreender a adição e suas propriedades com as barrinhas de Cuisenaire. O professor indica uma barrinha qualquer e os alunos têm de combiná-la com outras até obter o mesmo comprimento, e portanto, o mesmo valor.

    Etapa nº 6: Nesta etapa a criança, poderá entender a subtração com a manipulação das barrinhas, na qual a professora poderá dar o comando de maneira inversa: mostra-se uma das barras, a amarela por exemplo, que vale cinco, e pede-se que a criança escolha as barrinhas que deveriam ser somadas àquela para completar a barrinha de dez.

    Etapa nº 7: As crianças poderão estudar a multiplicação, divisão e as frações, assim como nas etapas anteriores, através de situações direcionadas pelo professor, fazendo com que o aluno manipule as barrinhas e construa e compreenda as operações.

    Etapa nº 8: As crianças serão capazes de resolver equações com incógnitas, nas quais terão chegado a um determinado ponto em que as mesmas utilizarão o material Cuisenaire simplesmente para conferir seu raciocínio.

Estas duas últimas etapas são assuntos para a terceira e Quarta séries, quando as crianças já têm a capacidade de desenvolver seu raciocínio de forma mais abstrata.

    A leitura deste texto me instigou um interesse muito grande em trabalhar com este material em minha sala de aula de infantil III, que é composta por alunos com idade entre cinco e seis anos, pois eu sempre procuro materiais diferentes para trabalhar com meus alunos, e este, em especial me chamou muito a atenção, pois podemos trabalhar com muitos conceitos que envolvem o raciocínio lógico-matemático da criança.

    Quando eu levei este material de Cuisenaire para a sala de aula, as crianças ficaram super empolgadas, pois elas nunca haviam trabalhado com tal material.

    A proposta inicial era que as crianças manipulassem, conhecessem, sentissem o material, com o qual poderiam construir ou até mesmo, "desenhar objetos entre outras coisas.

    Posteriormente eu pedi que elas guardassem as barrinhas nas caixas, a fim de separá-las, classificá-las, utilizando como critério a cor das barrinhas.

    Em outro momento, quando estávamos trabalhando com a seriação e a ordem crescente dos números eu entreguei uma barrinha de cada cor para cada criança, para que elas organizasse-as em ordem cresente.

    Esta atividade em especial foi muito interessante, pois eles puderam visualizar nas barrinhas a sequência numérica. Para que eles conseguissem formar tal sequência, elas tiveram um grande trabalho de comparar as barrinhas uma a uma, a fim de colocá-las em ordem crescente.

    Concluindo, eu gostei muito de conhecer e trabalhar com este material em sala de aula, e por isso eu parabenizo a Profª Rosana e suas auxiliares Fabiana e Andressa, que nos proporcionaram este contato, pois na Universidade, nós também precisamos disto, de conhecer atividades que possam ser aplicadas na prática em sala de aula, com nossos alunos, pois a nossa faculdade não forma apenas o cientista da educação, mas também o professor que trabalha na sala de aula, o professor acima de tudo, pesquisador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário