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Rondonopolis, MATO GROSSO, Brazil
O mar para atravessar, o Universo para descobrir, as pirâmides para medir. Tudo existia menos a trigonometria. Construíram-se triângulos, mediram-se ângulos, fizeram-se cálculos e quem sonharia que à Lua se iria? Flor, fruto... Sucessão da natureza. Dois, quatro... Sucessão de Matemática. Quem gosta de Matemática tem de gostar da Natureza. Quem gosta da Natureza aprenderá a gostar da Matemática. O chá arrefece com o tempo, as plantas florescem com o tempo, a Matemática aprende-se com o tempo, a vida vive-se com o tempo. O que é que não é função do tempo? Eram formas tão perfeitas, que na Matemática já tinham uma equação. A sua beleza e harmonia levaram-nos do plano para o espaço e também ao nosso dia-a-dia. Quanto tempo gastou Arquimedes para desenhar retângulos cada vez de menor base, até chegar à área de uma curva? Arquimedes, Arquimedes, que paciência a tua. mas mostraste ao mundo que a Matemática ensina não a dizer: não sei mas a dizer: ainda não sei. Trigonometria, Álgebra e Geometria, tudo junto para complicar. Mas as relações são tão interessantes que até dá gosto estudar. Matemática para que serves? Para dar força e auto-confiança.

Pesquisas Educacionais

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Diario de Aulas

 

1ª aula : Primeira Aula- Conhecer-se e fazer-se conhecer

"Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, e nada sei"

(Almir Sater/Renato Teixeira)

    Primeiro dia de aula. Dia de conhecer a professora, os novos colegas, rever os antigos colegas, a nova classe, o programa, enfim, os primeiros passos para mais um novo curso, e, como sempre as expectativas são grandes.

    Gostei muito das dinâmicas propostas pela professor. Principalmente porque a maioria dos alunos já se conhecem (estamos todos juntos deste o primeiro semestre de aulas). Então, a primeira dinâmica, em que deveríamos escrever um pouquinho sobre nós, nossas características mais marcantes, o que mais gostamos de fazer, o nosso trabalho, foi muito produtiva no sentido em que toda a classe teve que prestar muita atenção ao que cada aluno lia, procurando adivinhar o colega em questão. Outra dificuldade foi escrever sobre nós mesmos, pois dificilmente, eu acredito, que todas as pessoas da classe tem este habito. Escrever sobre o colega ao lado seria ate mais fácil... Por isto, a dinâmica foi muito válida, e divertida. Penso, que com nossos alunos, ela também teria o mesmo efeito, ainda maior, pois em geral, crianças gostam de falar sobre si, e seria muito interessante a elas se conhecerem melhor.

    Foi lido o programa de curso, que infelizmente, não pudemos na ocasião ter em mãos. Após a leitura, outra dinâmica, que me surpreendeu, pela beleza e pela surpresa, pois não imaginaria uma dinâmica como esta logo no primeiro dia de aula.

Foi realmente um momento de aconchego e reflexão, escutar a música de Almir Sater. Prestando atenção na letra da música, que particularmente só consegui refletir após o aparelho de som ser desligado (a fim de deixar-me de envolver pela melodia), pude levantar muitas frases que podem referir às nossas vidas e que também podem ser transportadas a uma situação de sala de aula (que afinal faz parte de nossas vidas!).

A letra sugere que todos somos fortes, capazes de superarmos nossos problemas e dificuldades, e, que elas, nos fazem crescer, "tocar a vida para frente" com mais coragem e maturidade. As dificuldades enfrentadas também nos dão a idéia do quão grandes nós somos e tudo aquilo que podemos alcançar, mas também o quanto somos ainda pequenos e devemos muito lutar para conseguir êxitos (como sugere a frase acima destacada).

Esta música, pode-nos levar como ponto de reflexão o nosso trabalho em sala de aula. Tudo tem seu tempo, cada criança possui seu momento de aprender, nenhuma possui o mesmo ritmo, e cada uma traz consigo aquilo que mais lhe interessa, algo que pode ser repartido entre todos da classe e possibilitar novas descobertas com todos os alunos.

2ª aula: Segunda Aula- Auto Retrato

    Nesta aula, já de posse do cronograma e do plano de curso, pude ter com antecedência uma idéia do que iríamos tratar em cada aula, facilitando a minha organização pessoal. Reunimos-nos em grupo, na primeira metade da aula (o meu grupo, fixo para todos os trabalhos da disciplina). Discutimos o texto "Qual é o momento de criar matemática?", de Luciano Lima.

    Para a discussão do texto foi-nos sugerido uma dinâmica: cada integrante do grupo sorteava uma tira de papel contendo um parágrafo do texto. Primeiramente, deveríamos refletir individualmente sobre o nosso trecho sorteado, que o meu era:


 

"existe alguma diferença entre esta "aprendizagem" e a de como operar um máquina qualquer? Não, nenhuma. Do mesmo modo que você aprende a dirigir um carro, a jogar basquete, a operar o painel de um computador, a apertar os botões de uma prensa hidráulica, você aprende a lidar (ou melhor, "manipular") um conceito. Trata-se de aprendizagem do tipo "mostrar, pratica e treinar" que não se restringe só ao aprendizado de matemática. Todas as ciências, linguagens, formas artísticas e culturais são "ensinadas" com esta "metodologia". Manipular o conceito, ao contrário de pensar com ele: este é o resultado desta pedagogia. O conceito não ultrapassa os limites das mãos e só chega ao cérebro na forma de condicionamento. Chamamos esta "pedagogia" de "Pedagogia" do Treinamento/Adestramento." (página 11).


 

Em contato com o texto pude perceber a critica do autor ao que ele chama de pedagogia do adestramento, em que consiste que o conceito matemático não é apreendido pelo aluno. Este, somente o manipula através de formulas decorados e exercícios repetidos até a exaustão.

Em seguida, reunidos em grupo, decidimos discutir cada tira do texto de acordo com a seqüência do texto, a fim de facilitar o encadeamento de questões e reflexões.

Com a discussão, pude confirmar algo que eu sempre soube. Eu não sei matemática, não entendo vários conceitos, nunca consegui entender o porquê de fórmulas –apenas decorava-as antes das provas e esquecia-as depois que não usava-as mais.

Torna-se necessário para o professor, levar o aluno a apreender o conceito matemático. Talvez, por ser um caminho mais árduo e complexo do que o simples ensino de formulas, ensinar a contar de maneira mecânica, muitos não se dão a este trabalho. Entretanto, isto não será garantia para o aluno aprender.

Compreendi com esta discussão, após aberta para toda a classe, o quanto é necessário a aprendizagem do conceito matemático. E o papel do professor como mediador para esta tarefa é fundamental. Esta é a mensagem que eu levaria desta discussão para a minha aula com os alunos. É uma mensagem para mim, enquanto professora para a real aprendizagem de meus alunos.

    Na segunda parte da aula, fizemos o nosso auto-retrato. Foi muito interessante, pois é um momento muito pessoal, em que devemos nos observar, sentir cada parte de nosso rosto, procurar entender cada característica física e emocional par que elas possam ser traduzidas sob a forma de desenho - tarefa não muito fácil. Quem sabe desenhar, leva uma grande vantagem, pois consegue reproduzir fielmente suas características. Para mim, foi um trabalho muito complexo, porem realizei-o de forma muito rápida. Também inclui no meu desenho alguns itens daquilo que mais gosto de fazer, a fim de dar uma "dica" para os colegas adivinharem. O problema também, é que meu desenho ficou um pouco caricato e "infantil" devido ao fato de que não sei desenhar...

    Percebi que toda a classe se envolveu muito para a realização da dinâmica, tanto na realização dos desenhos como também na adivinhação de cada um deles. Demos boas risadas!

    Acredito que foi um ótimo momento para todos nós alunos, e é uma ótima dinâmica para ser realizada em sala de aula com alunos. Eles vivenciarão os mesmos momentos que nós, e acredito que por serem crianças, estarão muito envolvidos na atividade, principalmente se a classe gosta de desenhar.

3ª Aula- O despertar das sensações

    Inicialmente realizamos uma dinâmica que consistia em relembrar, após um instante de relaxamento, algum momento de nossa infância. Em seguida, transcrever este momento ao papel, que aqui segue abaixo:

    "Lembro-me de minha formatura do pré. Usava uma pequena capa amarela sobre o uniforme e o famoso "chapéu de formatura" (meninos usavam a cor azul). Expectativas perante os pais e professores. Que emoção gostosa, diferente que estava sentindo: "Estamos crescendo!". Para mim, a emoção era ainda maior devido ao fato de que iria recitar um verso sobre "a conquista do nosso primeiro diploma" na frente de toda a platéia. Lembro-me de treinar durante dias e dias com mamãe, e às vezes com o papai, em casa, a fim de não "passar vexame" na hora final.

    Chegado o momento, dirijo-me ao placo juntamente com os outros colegas. Na minha vez, vou a frente do palco e começo muito rapidamente a falar. Sou aplaudida e ganho um beijinho da professora. Sinto-me feliz.

    Acabada a cerimônia, lembro-me de minha mãe comentando, rindo, que o microfone estava alto demais para minha pequena estatura, e que eu, na ponta dos pés, erguendo a cabeça, falei assim mesmo. Ela disse que muita gente achou engraçado, mas que, pelo menos, as pessoas que estavam em volta dela, aplaudiram a solução por mim encontrada-ficar na ponta dos pés e não desistir."

    Discutimos a importância de trabalhar as sensações no processo de ensino/aprendizagem da matemática, em que a afetividade permeia toda a construção de qualquer conceito matemático.

    Ao lembrarmos de algo classificamos fatos e eventos, impressões, fazemos seleções, pensamos nas seqüências de fatos situados em um determinado tempo e espaço.

    Esta atividade, que me agradou muito, pode ser muito bem aplicada aos alunos, com o mesmo objetivo, tendo como tema a lembrança das férias, do ultimo Natal, ou de qualquer fato interessante que as crianças gostariam depois de contar aos colegas.

    

Após esta atividade fizemos o Jogo da caixa preta, que consiste em descrever aos colegas algum objeto que está em nossas mãos, mas sem estar à vista dos olhos de todos, pois ele estará dentro de uma caixa de sapato. Os colegas para adivinharem poderão desenhar a nossa descrição.

    • A descrição das formas geométricas (estou segurando um objeto em forma de cone, cilindro, um cubo...) assim como o tamanho, a dureza, o material ajudaram muito na adivinhação, que em nosso grupo consistiu em um chuveirinho de plástico, borracha, régua, flor de plástico e panela de brinquedo.

    • A orientação do desenho através do relato da pessoa que descreve o objeto ajudou na adivinhação, uma vez que a pessoa que descreve o objeto pode orientar na execução do desenho de forma a aproxima-lo do objeto em questão.

        Com isto o erro foi um elemento essencial: as idas e vindas na representação gráfica através da orientação do colega foi possível adivinhar o objeto.

    • Percebemos que há vários caminhos para se chegar a um determinado fim (a descrição pura e simples, o desenho...). Para isto, temos que conservar idéias, seqüências das informações dadas ou classificar as melhores informações para dar aos colegas que irão adivinhar...


 

    Esta atividade também pode ser realizada com as crianças, uma vez que elas também irão ter que utilizar os mesmos critérios (mesmo sem saberem) para poderem transmitir suas impressões pelo tato e, as outras utilizarem conceitos matemáticos a fim de descobrirem qual o objeto que está sendo descrito.

    A terceira atividade foi Os sons da floresta. A discussão, em grupo, girou em torno da seguinte questão: O que é inaudível em sala de aula?

    Percebemos o quanto a fala interior da criança dificilmente pode ser percebido pelo professor. Muitas vezes, rostinhos acenando afirmativamente a uma questão nossa, querem dizer justamente o contrário: professora, não estamos entendendo o que você está querendo nos mostrar... Por isto, o entendimento do outro, através dos gestos, sorrisos, assombros, torna-se essencial na relação ensino aprendizagem. Isto é ouvir o inaudível.

    Os medos, e até a própria timidez, fazem com que os alunos calem-se, ou por estarem usando muitas vezes uma linguagem diferente daquela que é socialmente aceita como a melhor (fala), o professor não distingue suas dúvidas, incertezas, e tudo aquilo que gostaria que nós entendêssemos.

    A sala de aula esconde muitas vezes, relações de poder, e talvez pela posição de dominador, o professor encontra dificuldades de entender, de ouvir o inaudível, aquilo que seus alunos estão querendo dizer.

    

    Esta aula foi muito importante, pois alem das diversas atividades realizadas poderem ser realizadas em nossa sala de aula, com as crianças, foi uma troca muito importante de experiências, reflexões acerca do universo escolar, sobre as sensações que acometem professores e alunos no processo de ensino/aprendizagem, como também nas diversas maneiras de fazerem despertar as sensações, os sentidos das crianças para o aprendizado de conceitos matemáticos.

4ª Aula- Geometria

    Nesta aula, trouxemos inúmeros objetos feitos de sucata como: caixas de papel diversas (pasta de dente, sabonete, remédio, papel higiênico), potes plásticos de iogurte, caixas de alimentos, jornal, garrafa descartável de refrigerantes etc.

    Como a aula giraria em torno do tema GEOMETRIA, a proposta da professora foi a de montarmos pequenos grupos, que, olhando os objetos de sucata expostos no chão, para todos os alunos, escolheriam alguns deles sob algum critério de classificação.

    Mais tarde, um outro grupo teve que tentar adivinhar os critérios do grupo, fazendo três perguntas a respeito do modo de classificação dos objetos.

    O objetivo da dinâmica é bem claro: a classificação sob diferentes critérios das formas (geométricas) encontradas na natureza.

    Esta atividade foi muito interessante, pois alem dos critérios que encontramos em todos os grupos como tamanho, forma, material, cor, houve alguns grupos que escolheram "materiais de higiene" "alimentos" como critérios de classificação, ou "o critério é ter um objeto de cada forma possível existente entre todos os objetos", como um cone, um cubo, um cilindro etc.

    A atividade é muito boa para ser aplicada em sala de aula com as crianças. É uma atividade de reconhecimento das formas, e, para as crianças das series iniciais, uma forma instrutiva de mostrar-lhes as inúmeras formas de classificação de objetos, noção de conjunto. Gostei muito desta atividade, em que a matemática está inserida de forma viva e dinâmica. Não sou ainda professora, mas com certeza vai ser uma atividade que irei usar.

    Gostaria de fazer uma ressalva: o tempo gasto para a atividade. Ficamos praticamente metade da aula para faze-la, que em minha opinião, poderia ter sido mais rápida, quando somente dois ou três grupos fizessem as perguntas a outros (somente para nos dar a idéia de como fazer a atividade).

    A aula foi um tanto tumultuada devido ao fato de alguns colegas questionarem a quantidade de tarefas que estão sendo pedidas, e por causa disto a qualidade das mesmas pode ser prejudicada. Concordo com isto, pois fazer um diário de todas as aulas, resenhas de todos textos é muita coisa (teríamos que passar muito tempo extra-classe para ler textos, fazer resenhas e diários...Isto sem falar nas outras matérias, com o mesmo tanto de atividades para fazer). Ficou acertado, então, que vamos fazer duas resenhas.

    Após a dinâmica a professora Rosana nos explicou a classificação dos objetos segundo o seu corte (que é o critério matemático), como Sólidos, Poliedros, Curvas, Superfícies e Ponto. Ate me trouxe uma certa confusão, pois eu não sabia que para identificar a diferença entre eles, o essencial era o corte.

    Depois, discutimos em pequenos grupos dois dos textos desta aula: Cuidado:o ethos do humano (Luciano Lima) ou Geometria nas series iniciais (Lanner de Moura).

Meu grupo preferiu o texto de Luciano Lima. Para isto, fizemos um pequeno comentário em grupo, que mais tarde vai ser disponibilizado no site a ser construído para a disciplina.

Percebi com o texto o quanto é necessário termos o equilíbrio (o senso de cuidado) para a necessidade de estarmos sempre em busca de novos "vôos", de ousar, de criar; e de estarmos sempre com "os pés nos chão" , criar raízes estreitas com nossa cultura e preservar tradições e conhecer nossos sentimentos, valores, enfim conhecermos a nos mesmos.

O equilíbrio, o cuidado com tudo aquilo que temos que ter em nossas vidas e com a vida de outrem é a chave também para a aprendizagem. Aprendizagem de nos mesmos, de outros e de tudo aquilo que pudermos apreender. Por sito a necessidade deste equilíbrio, deste cuidado com a aprendizagem. E a aprendizagem da matemática, por exemplo. Desenvolver conceitos, enraíza-los em nossas mentes, dando oportunidades para novos caminhos, novas aprendizagens, nova construção de conceitos.

Quinta aula- Fração

    Esta aula foi dada no Salão pois estaria em conjunto com os alunos do professor. A aula foi dada pelo professor, sobre fração.

    Inicialmente o professor nos mostrou o trabalho desenvolvido por ele sobre este tema. O que desde já foi muito importante, pois percebemos que ela iria descrever uma pesquisa baseada em experiências concretas com uma turma de alunos, dando subsídios para sua fala e quem sabe, futuramente, aproveitarmos de sua experiência para realizarmos as mesmas atividades com nossos alunos.

    Eli nos mostrou a forma que desenvolveu as atividades com seus alunos, incluindo para isto diversas fotos e trabalhos realizados com eles.

    Durante a palestra, fizemos a fase final das atividades, que consistia em uma situação-problema. Com uma folha de sulfite, deveríamos escolher algum instrumento que pudesse dividi-la em partes iguais. O objeto, uma caneta de determinada pessoa foi o instrumento padrão de medida, e através dele todos tiveram que medir as folhas (2 canetas e 1/5 para o comprimento e 1 2/3 para o largura). Esta atividade foi muito boa pois mostrou como os instrumentos de medida hoje utilizados foram criados (eles não são um instrumento "natural", que criou-se por si mesmo), e como podemos ensinar o conceito de fração por uma situação real e possível (longe dos exemplos de barrinhas de chocolate, que mais atrapalham do que ajudam...). Esta é uma ótima atividade a ser desenvolvida com os alunos.

    A palestra foi muito produtiva, em minha opinião. Porem, só faço uma ressalva: pelo curto período de tempo, as informações tiveram que ser transmitidas de forma muito rápida, o que prejudica, de certa forma, o entendimento.

    Como um todo, a palestra foi muito boa.

Sexta aula- Escala Cuisenaire

    Neste dia, a aula foi realizada no laboratório de informática, com o professor Luis Augusto. O objetivo da aula foi a apresentação do material Cuisenaire e suas possibilidades de uso.

    Este material, realmente é muito interessante e possui inúmeras possibilidades, para crianças de 3 a 11 anos, conforme nos indicou o professor. Ele permite desde a identificação de cores, tamanhos e suas comparações, ate o uso para conceitos de adição, subtração, multiplicação e divisão, conferindo uma gama de possibilidades de uso pelo professor ate para os alunos maiores, em que ele poderá analisar se o conceito já foi interiorizado pelo aluno ou não.

    Manipulamos as barrinhas como as crianças devem manipula-las, de forma a identificarmos suas propriedades e fizemos algumas atividades com elas, como: escalas de tamanhos, desenhos, agrupamentos de cores, ou tamanhos das pecas. Em seguida, utilizamos o material para fazermos as operações matemáticas.

    Realmente, pude perceber que o material é de fácil manuseio e acredito que para a criança é de fácil entendimento, de fácil apreensão do conceito matemático.

    Após a manipulação das barrinhas, passamos ao computador. Fizemos a escala cuisenaire no Microsoft Excel. Fiquei atenta quanto às cores, para que as características da escala, não desaparecessem (como a noção de "dobro" embutida nas cores: 10- laranja, 5-amarela).

    Então, as mesmas atividades trabalhando os conceitos de operações matemáticas foram realizadas no computador.

    Com o uso do software, é possível para as crianças construírem as barrinhas, utilizando para isto, as células da planilha (de modo, que elas contando, já podem fazer automaticamente as operações matemáticas). O software, no entanto, deve ser utilizado para crianças maiores, não, por exemplo, para as de pré-escola e primeira serie, conforme o professor Luis Augusto disse ( e eu concordo).

    Após a aula discutimos as possibilidades de uso da escala cuisenaire e de sua possibilidade de trabalha-la no computador.

Em minha opinião, esta aula foi muito produtiva. O professor Luis Augusto é uma pessoa muito clama e apresentou o material de forma muito clara e interessante. As atividades propostas por ele, como se fossem realizadas por crianças, me deu a idéia de como poderei utilizar este material com meus alunos. Alem disto o professor Luis Augusto foi muito solícito ao atender as dúvidas.

Acredito que quando tiver a oportunidade de estar lecionando, sentirei-me mais tranqüila quanto ao uso do material, de forma a auxiliar meu trabalho pedagógico, a fim de construir os conceitos das operações matemáticas com os alunos.

Gostei muito da aula.

Setima Aula

    Nesta aula o tema abordado foi O Movimento do Conhecimento Científico- Iniciação Numérica.

    Vimos com a professora Dayse que o conceito de sensação não é abordado nas aulas de matemática. Nestas aulas, privilegia-se de formas parcial o concreto e depois, de forma rápida, sem inter-conexões parte-se para os conceitos abstratos.

É necessário, portanto a busca do movimento para as sensações, em que as qualidades (as nuanças e os saltos), sejam trabalhados também, juntamente com a percepção da quantidade.

Ela nos explicou que o desenvolvimento do pensamento da criança está relacionado com a linguagem. Assim, deve-se explorar o conceito matemático sob diversas linguagens, relacionando as qualidades e quantidades deles.

    Com isto o desenvolvimento da linguagem numérica, está intimamente relacionado ao pensamento numérico.

    Esta aula foi-me muito útil para percebemos o quanto as relações de pensamento e linguagem estão interligados. As crianças estão em fase de desenvolvimento de seus conceitos e como é importante parta nós, professores, captar estes movimentos e mediar tantos outros para a internalização daquilo que estaremos procurando ensinar.

    A percepção da mudança qualitativa dos conhecimentos permite-nos para nós professores compreender o quanto que aprendemos os conceitos matemáticos de forma fragmentada, e consequentemente ensinando da mesma forma. Com isto, esta aula nos ajudou a compreender de melhor forma este processo para que, como professores, procuremos outras estratégias de ensino-aprendizagem dos conceitos de matemática, de forma mais viva, coerente com os movimentos do aluno

Oitava Aula

Nesta aula cujo tema é LOGO e Educação Matemática, fomos até o laboratório de informática onde a professora introduziu algumas noções e ferramentas do ambiente computacional LOGO.

    Já conhecia este ambiente, em versões menos atualizadas, e agora pude retomar alguns conceitos que podemos utilizar neste ambiente. Me senti como uma criança aprendendo (reaprendendo) a utilizá-lo, fazendo inúmeras tentativas para a construção de uma joaninha, que vai estar disponível no trabalho final do curso- no site)

    O programa possui uma linguagem que é muito acessível para os alunos. Conheço trabalhos com crianças de oito aos (2ºserie) com este ambiente que possuem ótimos resultados. A matemática é vivenciada a todo o momento. O usuário do ambiente sente a necessidade de construção de fórmulas que expressam todo o movimento que a tartaruga deve realizar para fazer uma forma geométrica.

Com isto,o aluno pode, ele mesmo, criar suas "próprias" expressões matemáticas, resultando em fórmulas geométricas que formarão as figuras. E o professor pode, de certa forma, acompanhar o processo de internalização de conceitos matemáticos pelo aluno, uma vez que o ambiente LOGO permite, como uma linguagem de programação salvar todas as "fórmulas"- algoritmos criados pelo aluno.

Infelizmente, a maioria das escolas que utiliza microcomputadores não preparam seus professores e toda a equipe pedagógica para a melhor utilização dos mesmos como uma ferramenta de ensino.

    Eu faço iniciação científica na área de educação e tecnologia e estou fazendo um estudo de caso em que professores de determinada escola estão aprendendo a utilizar a ferramenta internet como um ambiente para as suas aulas. Percebo que o problema, de forma geral, é a instrumentalização do professor: se ele não conhece bons ambientes e de que forma eles possam ser úteis em sala de aula, o professor continuará a acreditar que o computador só serve para os alunos aprenderem a desenhar no "Paint" digitarem trabalhos no "Word" e brincarem com os inúmeros softwares disponíveis que não possuem nada de interessante.

O LOGO é um ótimo ambiente que precisa ser mais difundido a fim de que todos as suas possibilidades educativas sejam mais conhecidas e utilizadas, possibilitando uma alternativa eficaz para o aprendizado de geometria.

Nona Aula

    Nesta aula, fomos ao laboratório de informática para aprendermos alguns comandos do software Front Page, da Microsoft, que possibilita a criação de páginas para internet em HTML.

    Já conhecia o software, mas não trabalhava com ele, apesar de conhecer a linguagem HTML (eu faço minhas simples páginas "na mão", usando um editor de textos qualquer). O Front-Page é simples de usar, apesar de tomarmos cuidado com ele, pois alguns "navegadores" como versões antigas do Netscape e Internet Explorer não reconhecerem alguns recursos avançados do Front Page, desconfigurando as páginas quando abertas no browser. Mas isto é outra história. O que foi importante para nós, como alunos é entender os recursos para podermos fazer nossas próprias páginas para o trabalho final de curso.

    E, como professores, por que não ensinar aos nossos alunos os fundamentos da internet e permiti-lhes que os alunos montem suas próprias páginas, baseadas em projetos da classe? Esta é uma boa alternativa educacional, que permitirá com que o aluno perceba os mecanismos da internet, refletindo sobre eles, uma vez que ele não será mais mero usuário e sim um criador também, desmistificando "verdades" encontradas na telinha e acessíveis sob o comando do mouse.

    Na outra parte da aula, realizada no CEMPEM tivemos uma aula interessantíssima (pena que o tempo era curto e não foi possível continuar) sobre o tema O lógico histórico no contexto algébrico.

Foi-nos explicado a necessidade da busca de todos os passos da formação dos conceitos algébricos com o aluno, de forma que este perceba a fluência e a transformação do modo de representação dos conceitos: da mera observação para a apreensão e representação do conceito matemático. Assim, o lógico-histórico permitirá a total apreensão dos conceitos utilizando linguagem apropriada pelo aluno, que entenderá a evolução do seu próprio pensamento.

Agora, somente na faculdade percebo o que ocorre com a matemática no dia-a-dia da sala de aula, não somente do Ensino Fundamental mas em todos os níveis de ensino. O aluno não apreende os conceitos, não os vivencia, somente decora fórmulas que não sabe para que serve e o problema reside no fato de que ele não compreendeu todos os passos para que uma fórmula matemática, por exemplo é de determinada maneira e não de outra. Ele somente a viu no seu estágio final, pronta para ser aplicada e não os passos que levaram à ela.

Assim, nós como professores, resta-nos aresgatar todos estes movimentos, todo o processo lógico-histórico dos conceitos matemáticos. Não é tarefa fácil, mas não é impossível, permitindo assim, uma real aprendizagem de matemática.

Gostei muito desta aula ela foi esclarecedora. As atividades (as perguntas) propostas e respondidas em classe são intrigantes e permitem boa discussão com nossos alunos também.

Décima Aula

    A aula neste dia foi na sala de informática. A professora, juntamente com a estagiária Fabiana e a auxiliar Andressa nos passou os principais comandos do software Front Page para que pudéssemos fazer nossa página. O software é muito simples, para mim que já conhecia a linguagem HTML foi fácil entender seus principais recursos e o modo de operá-los. Entretanto tive que alguns problemas. Comecei, para ganhar tempo, a fazer meu site, o projeto final. Usei frames, escolhi algumas figuras, textos, fotos, mas... os links começaram a dar problemas, principalmente por não estarem correspondendo à posição que eu pedia ( a página continha muitos frames e links). Recorri à Fabiana e a professora mas não tivemos sucesso. Infelizmente vou ter que começar tudo de novo...

    Acredito que se possuimos recursos e tecnologia como internet, devemos utilizá-la como ferramentas pedagógicas. Disponibilizar trabalhos de alunos, por exemplo na www. é um meio de ampliar a comunidade de pesquisadores da área, propiciando mais um modo de comunicação. Com os alunos torna-se um ambiente mais complicado para ser utilizado se os alunos não tiverem noções básicas de informática, mas com crianças de 4 serie, acredito que possam construir páginas simples, mostrando seus trabalhos.

11ª Aula

    Neste dia começou a apresentação dos seminários. O primeiro grupo tratou fundamentalmente dos jogos e da matemática. Utilizando bonecos de fantoche o grupo retratou as idéias principais do texto. Disponibilizou também em uma mesa vários jogos que envolvam conceitos de matemática, como o Banco Imobiliário.

O segundo grupo tratou da geometria. Com apresentação em Power Point, o grupo mostrou inúmeras atividades utilizando obras de pintores famosos como Mondrian e Volpi.

    O terceiro grupo tratou do tema hipertexto e de suas principais características. Nos mostrou que, por não seguir o curso de suas idéias, de seu pensamento, e não a ordem linear d eum livro por exemplo. Devemos nos atentar que há livros impressos que permitem a não-linearidade característica do hipertexto, como os Rolling Playing Games (RPGs) e livros como Vidas Secas de Graciliano Ramos.

12ª Aula

    Esta aula foi a continuação dos seminários. O primeiro grupo foi o meu. Mostramos a relação existente entre a Arte e a Matemática. Falamos sobre a lógica estética da arte e a lógica do raciocínio matemático que inevitavelmente estão juntas (a beleza estética, os resultados das fórmulas matemáticas e a matemática incutida em uma obra de arte, por exemplo)

    Apresentamos slides no Power Point contendo as idéias principais e um trecho do filme utilizado no estudo do tema.

Em seguida, outro grupo tratou o conceito de medidas, sob o enfoque da criança da educação infantil.. contaram um historia e trouxeram atividades sobre o tema.

Avaliação dos Seminários

    De forma geral, os temas abordaram importantes conceitos para o ensino de matemática. Todos os grupos que assisti deram conta de transmitir de forma clara e sucinta para a classe as informações.

Somente ressalto que o espaço físico do CEMPEM não comporta o número de alunos, o que prejudicou o andamento dos seminários.

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